Benito Mussolini
Após seu resgate, Mussolini chefiou a
República Social Italiana nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por
forças aliadas. Ao final de abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a
Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo ao
Lago de Como por guerrilheiros italianos. Seu corpo foi então trazido para
Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte.
Mussolini viveu os seus primeiros anos de vida numa pequena vila na província, numa família humilde. Seu pai,
Alessandro Mussolini, era um
ferreiro e um fervoroso socialista, e sua mãe,
Rosa Maltoni, uma humilde
professora primária, era a principal sustentadora da família. Foi-lhe dado o nome de
Benito em honra do revolucionário mexicano
Benito Juárez. Tal como o seu pai, Benito tornou-se um
socialista. As primeiras opiniões políticas foram fortemente influenciados por seu pai, um
revolucionário socialista que idolatrava figuras de nacionalistas italianos com tendências
humanistas do século XIX, como
Carlo Pisacane,
Giuseppe Mazzini e
Giuseppe Garibaldi.
[4] e de anarquistas como Carlo Cafiero e
Mikhail Bakunin.
[5] Em 1902, no aniversário da morte de Garibaldi, Benito Mussolini fez um discurso público em louvor do republicano nacionalista.
[5]
Foi influenciado por aquilo que leu de
Friedrich Nietzsche, e uma outra doutrina muito corrente do tempo e que o influenciou foi a do "sindicalismo revolucionário", sustentada pelo escritor francês
Georges Sorel (
1847-
1922).
Mussolini, em cartaz de propaganda. O texto é: "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Facismo, e Fundador do Império"
Mussolini era rebelde e foi logo expulso após uma série de incidentes relacionados com o comportamento, inclusive atirando pedras contra a congregação, e por participar de uma luta em que feriu um seu colega de classe sênior com uma faca.
[6] Apesar disso continuou os estudos e teve mesmo boas notas, conseguindo qualificar-se como professor da escola primária em
1901.
Em
1902, emigrou para a
Suíça para fugir ao
serviço militar, mas, incapaz de encontrar um emprego permanente, tendo sido até mesmo preso por
vagabundagem, ele foi
expulso. Foi
deportado para a Itália, onde foi forçado a cumprir o serviço militar. Depois de novos problemas com a
polícia, ele conseguiu um emprego num
jornal na cidade de
Trento (à época sob domínio
austro-húngaro) em
1908. Foi nesta altura que escreveu um romance, chamado
A amante do cardeal.
Em
1909, Mussolini conhece
Ida Dalser em Trento ou Milão (não há informação correta sobre o local). Os dois começaram um relacionamento e, quando Mussolini se recusou a trabalhar num jornal da base socialista, ela vendeu seu salão de beleza para financiar seu próprio jornal. Há relatos que eles teriam se casado em 1914, fato jamais comprovado, e em 1915 nasceu seu primeiro filho, Benito Albino Mussolini. A insistência de Ida em ver seu casamento e seu filho reconhecidos por Mussolini fez com que eles fossem mandados para o hospício, onde viriam a morrer.
[carece de fontes]
Mussolini tinha um irmão, Arnaldo, que se tornou um conhecido teórico do
fascismo.
Uniu-se informalmente com Rachele Guidi e em
1910 nasceu a primeira filha, Edda. Contraiu
matrimônio civil somente cinco anos mais tarde. Em
1916nasce Vittorio, Bruno em
1918,
Romano em
1927 e Anna Maria em
1929.
Mussolini nasceu em
Dovia di Predappio, uma pequena cidade na província de
Forlì em
Emilia-Romagna em
1883. Na era fascista, Predappio viria a ser chamada de "município do
Duce", e Forlì de "cidade do
Duce". Alguns peregrinos ainda vão até Predappio e Forlì para ver o local de nascimento de Mussolini. Seu pai, Alessandro Mussolini, era um ferreiro e
ativista anarquista[7], enquanto sua mãe Rosa Mussolini (nascida Maltoni) era uma professora de escola e uma devota
católica.
[8] Devido à orientação política de seu pai, Mussolini foi nomeado
Benito em homenagem ao presidente reformista
mexicano Benito Juárez, enquanto seus sobrenomes
Andrea e
Amilcare vieram dos socialistas italianos
Andrea Costa e
Amilcare Cipriani.
[9] Benito era o mais velho de seus dois irmãos, seguido por Arnaldo e depois, Edvige.
[10]
Quando criança, Mussolini teria passado um tempo ajudando seu pai na ferraria.
[6] Foi lá que ele foi exposto às crenças políticas de seu pai. Alessandro era um socialista e republicano, mas também sustentava algumas visões nacionalistas, especialmente no que diz respeito aos italianos que viviam sob o governo do
Império Austro-Húngaro[6], o que não era consistente com o socialismo internacionalista da época. O conflito entre seus pais sobre religião fez com que, diferente da maioria dos italianos, Mussolini não fosse batizado no nascimento. No entanto, em compromisso com sua mãe, ele foi enviado para uma escola
interna regida por monges
salesianos. Mussolini era rebelde e foi rapidamente expulso após uma série de incidentes relacionados ao seu comportamento, incluindo atirar pedras na congregação após uma missa, Mussolini era rebelde e foi logo expulso após uma série de incidentes relacionados com o comportamento, inclusive atirando pedras contra a congregação, e por participar de uma luta em que feriu um seu colega de classe sênior com uma faca.
[6].
[6] Após ingressar em uma nova escola, alcançou boas notas, e se qualificou como um professor de escola primária em 1901.
[8][9]
[editar]Emigração para a Suíça
As fotografias de prisão de Mussolini quando foi encarcerado pela polícia suíça, fornecidas pelo
Cantão de Berna, 19 de junho de 1903.
Em
1902, Mussolini emigrou para a
Suíça, com o objetivo de evitar o serviço militar.
[7] Ele trabalhou brevemente em
Genebra como um pedreiro, no entanto, foi incapaz de encontrar um emprego profissional permanente no país. Na Suíça, adquiriu um conhecimento prático de
francês e
alemão.
Durante este tempo, estudou as ideias do filósofo
Friedrich Nietzsche, o sociólogo
Vilfredo Pareto, e o sindicalista
Georges Sorel. Mussolini, mais tarde, viria a creditar o
marxista Charles Péguy e o sindicalista
Hubert Lagardelle como algumas de suas influências.
[7] A ênfase de Sorel sobre a necessidade de derrubar a
democracia liberal e o
capitalismo pelo uso da violência,
ação direta, greve geral, e o uso do
neo-maquiavelismo apelando à emoção impressionou Mussolini profundamente.
[7] Ainda na Suíça, também conheceu alguns políticos russos vivendo no exílio, incluindo os marxistas
Angelica Balabanoff e
Vladimir Lenin.
[11] Durante este período, uniu-se ao movimento socialista marxista.
Mussolini tornou-se ativo no movimento socialista italiano na Suíça, trabalhando para o jornal
L'Avvenire del Lavoratore, organizando encontros, discursando para trabalhadores e servindo como secretário da união dos trabalhadores italianos em
Lausanne.[14] Em
1903, foi preso pela polícia
bernense pela sua defesa de uma greve geral violenta; passou duas semanas preso, foi deportado à Itália, liberto lá, e retornou à Suíça. Em
1904, após ter sido encarceirado novamente em Lausanne, por falsificação de documentos, retornou à Itália, tirando proveito de uma anistia por deserção a qual ele havia sido condenado
in absentia.
[12]
Posteriormente, voluntariou-se ao serviço militar no
Exército Italiano. Após servir por dois anos nas forças armadas (de janeiro de 1905 até setembro de 1906), voltou a lecionar.
[13]
[editar]Jornalista político e socialista
Em fevereiro de
1908, Mussolini deixou a Itália mais uma vez, desta vez para assumir o cargo de secretário do partido trabalhista da cidade de
Trento, onde o idioma é italiano, que na época estava sob o controle do
Império Austro-Húngaro. Também trabalhou para o partido socialista local, e editou seu jornal
L'Avvenire del Lavoratore (
O Futuro do Trabalhador, em tradução livre). Ao retornar à Itália, passou um breve período na cidade italiana de
Milão e, então, em
1910, retornou à sua cidade natal, onde editava o jornal semanal
Lotta di classe (
A Luta de Classes, em tradução livre).
Durante este período, publicou
Il Trentino veduto da un Socialista (
O Trentino visto por um Socialista, em tradução livre) no periódico radical
La Voce.
[14] Também escreveu vários ensaios sobre a
literatura alemã, algumas estórias, e um romance:
L'amante del Cardinale: Claudia Particella, romanzo storico (
A Amante do Cardial, tradução livre). Este romance foi co-escrito com Santi Corvaja, e publicado como um livro de série no jornal de Trento
Il Popolo. Ele foi lançado de 20 de janeiro a 11 de maio de 1910.
[15] O romance foi amargamente anticlerical, e anos depois, foi retirado de circulação, somente após Mussolini dar trégua ao
Vaticano.
[7]
Até os dias atuais, Mussolini é considerado um dos socialistas mais proeminentes da Itália. Em setembro de
1911, participou de uma manifestação, liderada pelos socialistas, contra a
Guerra Ítalo-Turca na
Líbia. Ele amargamente denunciou a estratégia, que classificou como "guerra imperialista", da Itália de capturar a capital da Líbia,
Tripoli, uma ação que lhe valeu um período de cinco meses na prisão.
[16] Após sua libertação, ajudou a expulsar do partido socialista dois 'revisionistas' que apoiaram a guerra,
Ivanoe Bonomi, e
Leonida Bissolati. Como resultado, foi promovido à editoria do jornal do Partido Socialista
Avanti!. Sob sua liderança, a circulação do jornal passou rapidamente de 20 000 para 100 000.
[17]
Em
1913, publicou
Giovanni Hus, il veridico (
Jan Hus, verdadeiro profeta, em tradução livre), uma biografia política e histórica sobre a vida e missão do reformista eclesiástico
tcheco Jan Hus, e seus seguidores militantes, os Hussites. Durante este período socialista de sua vida, Mussolini, algumas vezes, utilizou o pseudônimo
Vero Eretico (
Herege Sincero).
Durante esta época, tornou-se importante o suficiente para a polícia italiana preparar um relatório; os seguintes excertos são de um relatório policial preparado pelo inspetor geral de Segurança Pública em Milão, G. Gasti.
[editar]Ruptura com os socialistas
O inspetor geral escreveu:
“ | A respeito de Mussolini Professor Benito Mussolini,...38, socialista revolucionário, tem um registro policial; professor de escola primária qualificado a ensinar em escolas secundárias; ex-primeiro-secretário das Câmaras em Cesena, Forli, e Ravenna; após 1912, editor do jornal Avanti! pelo qual deu uma orientação violenta, sugestiva e intransigente. Em outubro de 1914, encontrando-se em oposição à direção do partido Socialista Italiano, porque advogou um tipo de neutralidade ativa por parte da Itália na Guerra das Nações contra a tendência absoluta de neutralidade do partido, retirou-se no vigésimo mês na diretoria do Avanti! Então, dia quinze de novembro [1914], iniciou a publicação do jornal Il Popolo d'Italia, onde apoiou - em contraste com o Avanti! e em meio a amargas polêmicas contra o jornal e seus partidários-chefes - a tese da intervenção italiana na guerra contra o militarismo dos Impérios Centrais. Por esta razão, foi acusado de indignidade moral e política e o partido então decidiu expulsá-lo. Posteriormente, ele... encarregou-se de uma campanha muito ativa em favor da intervenção italiana, participando de demonstrações em praças e escrevendo artigos bastante violentos emPopolo d'Italia ....[17] | ” |
Em seu resumo, o inspetor também observa:
“ | Ela era o editor ideal para o Avanti! para os socialistas. Neste trabalho, foi muito apreciado e amado. Alguns de seus antigos companheiros e admiradores ainda confessam que não havia ninguém que compreendesse melhor a forma de interpretar o espírito do proletariado e não havia ninguém que não tivesse observado sua apostasia com tristeza. Isto não ocorreu por razões de interesse pessoal ou dinheiro. Ele foi um defensor sincero e apaixonado, o primeiro de neutralidade circunspeta e armada, e depois, da guerra; e ele não acreditava que era comprometido com sua honestidade pessoal e política fazendo uso de todos os meios - não importando de onde vieram ou onde poderia obtê-los - para pagar pelo seu jornal, seu programa e seu curso de ação. Este foi seu curso inicial. É difícil dizer até que ponto suas convicções socialistas (que ele nunca abjurou aberta ou privadamente) poderiam ser sacrificadas no curso dos negócios financeiros indispensáveis, que foram necessários para a continuação da luta que foi comprometido... Porém, supondo que estas modificações não tenham lugar... ele sempre quis dar a aparência de ainda ser um socialista, e se enganou ao pensar que este era o caso.[18] | ” |
[editar]Serviço na Primeira Guerra Mundial
Mussolini tornou-se aliado com o político
irredentista e jornalista
Cesare Battisti, e assim como ele, entrou no exército e serviu na guerra. "Ele foi enviado à zona de operações onde foi seriamente ferido pela explosão de uma granada."
[17]
O inspetor continua:
“ | Foi promovido ao posto de cabo "por mérito em guerra". A promoção foi recomendada por causa de sua conduta exemplar e qualidade de combate, sua calma mental e falta de preocupação com o desconforto, seu zelo e regularidade na realização das suas atribuições, onde foi sempre primeiro em todas as tarefas que envolviam trabalho e coragem.[17] | ” |
Mussolini em seus trajes militares, quando, em 1917, serviu em nome da Itália, na
Primeira Guerra Mundial. Suas experiências militares são narradas em sua obra
Diario di Guerra.
[17]
A experiência militar de Mussolini é narrada em sua obra
Diario Di Guerra. No total, narrou cerca de nove meses na ativa. Durante este período, ele contraiu
febre paratifoide.
[19] Suas façanhas militares terminaram em 1917, quando foi ferido acidentalmente pela explosão de um morteiro em seu alojamento. Ele foi levado ao hospital com pelo menos 40 pedaços de metal no corpo.
[19] Recebeu alta em agosto de 1917 e retomou ao seu cargo de editor-chefe do seu jornal,
Il Popolo d'Italia. Escreveu artigos positivos sobre as
Legiões Checoslovacas na Itália.
Em
25 de dezembro de
1915, em
Trevalglio, casou-se com sua compatriota Rachele Guidi, dando-lhe uma filha, Edda, em Forli, 1910. Em
1915, teve um filho com Ida Dalser, uma mulher nascida em Sopramonte, uma vila próxima a Trento.
[8][9][20] Ele reconheceu legalmente seu filho em
11 de janeirode
1916.
[editar]Carreira política
-
No início da sua carreira de jornalista e político foi um tenaz propagandista do
socialismo italiano, em defesa do qual escreveu vários
artigos no jornal esquerdista
Avanti, de que era redator-chefe. Em
1914, dirigiu o jornal
Popolo d'Itália, onde defendeu a intervenção italiana em favor dos
aliados e contra a
Alemanha. Expulso do Partido Socialista Italiano, alistou-se no exército - quando a
Itália entrou na
Primeira Guerra Mundial, aliando-se à
Grã-Bretanha e à
França - e alcançou a patente de
sargento, vindo a ser ferido em combate por uma
granada.
Segundo o historiador Peter Martland, de
Cambridge, nessa época, o jornal de Mussolini era pago pela
inteligência britânica para fazer propaganda favorável à guerra, de modo que a Itália permanecesse engajada no conflito. Há evidências de pagamentos semanais no valor de 100
libras feitos pelo
MI5 a Mussolini, em
1917.
[21]
Em
1919, fundou os
Fasci Italiani di Combatimento, organização que originaria, mais tarde, o Partido Fascista. Baseando-se numa filosofia política teoricamente socialista, conseguiu a adesão dos militares descontentes e de grande parte da população, alargou os quadros e a dimensão do partido. Sua
oratória era tão notável – possuía uma bela
voz digna de um
barítono – quanto seu uso eficaz de
propaganda política.
Após um período de grandes perturbações políticas e sociais, durante o qual alcançou grande popularidade, guindou-se a chefe do partido (Duce).
Em
1922 organizou, juntamente com Bianchi, De Vecchi, De Bono e Italo Balbo, a famosa
marcha sobre Roma[22], um golpe de propaganda. O próprio Mussolini sequer esteve presente, tendo chegado de
comboio.
Usando as suas
milícias (chamadas de
camicie nere (camisas negras) para instigar o terror e combater abertamente os socialistas, conseguiu que os poderes investidos o nomeassem para formar governo. Foi nomeado
primeiro-ministro pelo rei
Vítor Manuel III, alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente, poderes absolutos no governo do país.
Logo após a sua subida ao poder, iniciou uma campanha de fanatização que culminaria com o aumento do seu poder, devido à interdição dos restantes partidos políticos e sindicatos. Nessa campanha foi apoiado pela
burguesia e pela
Igreja. Em 1929, necessitando de apoio desta e dos católicos, pôs fim à
Questão Romana (conflito entre os Papas e o Estado italiano) assinando a
Concordata de São João Latrão com
Pio XI. Por esse tratado, firmou-se um acordo pelo qual se criava o Estado do
Vaticano, o
Sumo Pontífice recebia indemnização monetária pelas perdas territoriais, o ensino
religioso era obrigatório nas escolas italianas, o catolicismo virava a religião oficial da
Itália e se proibia a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina.
[editar]Invasão de outros países e Segunda Guerra
-
-
Em
1938 ocupou a
Albânia e enviou vários destacamentos que lutaram ao lado dos falangistas de
Franco durante a
Guerra Civil de Espanha. Em seguida, fez os exércitos italianos atacarem a
Grécia – apenas para serem expulsos em oito dias.
Com o início da
Segunda Guerra Mundial combateu os aliados e, após várias e quase consecutivas derrotas, apesar do apoio militar alemão e sobretudo depois do desembarque aliado na
Sicília, caiu em desgraça, vindo a ser derrubado e preso em
1943.
|
Mussolini (de preto) logo após sua libertação na operação carvalho liderada por Otto Skorzeny (centro).
|
“ | Atirem aqui (disse ele apontando para o peito) Não destruam meu perfil. | ” |
Filme sobre a morte de Mussolini.
|
|
Corpos de Mussolini e Clara Petacci no necrotério de Milão (29 de Abril de 1945).
|
[editar]Investigação sobre sua morte
As últimas horas de vida de Mussolini foram vasculhadas por um
tribunal do
júri de
Pádua, em maio de
1957. Mas o
processo não esclareceu as circunstâncias da morte. Até hoje não se sabe, de fato, quem disparou os tiros mortais. O pesquisador
Renzo de Felice suspeita que o
serviço secreto britânico tenha tramado a captura junto com os
partigiani.
Michele Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros
antifascistas que matou o
ditador, morreu em
1995, aos 86 anos em
Como (norte da Itália). Moretti, que na época da guerrilha usava o codinome "Pietro", levou para o túmulo o segredo sobre quem realmente disparou contra Mussolini e sua amante.
Alguns
historiadores italianos afirmam que o próprio Moretti matou os dois. Para outros, o autor dos disparos, feitos com a
metralhadora de "Pietro", foi outro
partigiano, chamado
Walter Audisio. É certo, porém, que a ação foi obra da
Resistência italiana.