13 de novembro de 1985
No dia 13 de novembro de 1985, a cidade de Armero, na Colômbia, foi devastada pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz, adormecido há quase 70 anos. O vulcão ativo, distante aproximadamente 200 quilômetros da capital colombiana Bogotá, deixou mais de 23 mil mortos. Foi a segunda erupção de vulcão mais destrutiva do século 20. Longe de ser inesperada, esta erupção em larga escala fora antecipada dias antes por uma equipe de vulcanólogos, que havia registrado níveis elevados de gases no vulcão, apontando para um acúmulo de lava derretida perto da superfície. No dia da erupção, o que provou antecipar a tragédia, uma vasta pluma de cinzas foi enviada para a atmosfera, cobrindo a área ao redor com um enorme e nocivo nevoeiro.
Mas, apesar das repetidas advertências de que o vulcão estava chegando a um ponto crítico, as autoridades da região decidiram contra a evacuação de Armero, aconselhando aos moradores ficar em casa e fechar as janelas. Em alguns casos, aqueles que pediram pela evacuação foram chamados de alarmistas.
Como o vulcão entrou em erupção, o calor escaldante da lava incandescente derreteu o gelo que se formou no cume, resultando em uma torrente de água. Esses fragmentos vulcânicos acumularam enormes quantidades de detritos enquanto desciam a montanha, engolindo os rios das encostas. Por volta de 11h30 da noite, quase duas horas e meia depois que o vulcão entrou em erupção, uma desenfreada parede de água, pedras, lava e barro caiu sobre a cidade, destruindo tudo pelo caminho. Arvores e edifícios foram arrancados, carros e caminhões eram arremessados para o lado como brinquedos. Fugir era inútil. Das 29 mil pessoas que viviam em Armero, mais de 20 mil perderam suas vidas. Outros locais também foram afetados, como a cidade de Chinchiná, que contabilizou mais de mil mortes.
As consequências terríveis da erupção foram agravadas pelas dificuldades encontradas pelas equipes de resgate. Espessas camadas de detritos tornaram praticamente impossível a movimentação em torno da área do desastre. Para piorar, um ataque terrorista na capital nos dias anteriores tinha desviado o pessoal para Bogotá, deixando os serviços de resgate locais sem capacidade de prestar o socorro diante da grande demanda. Ao custo de muitas vidas, a tragédia em Armero serviu para uma reforma na gestão de desastres na Colômbia. Para evitar outro incidente desta magnitude, protocolos de alerta foram introduzidos para facilitar a evacuação em massa no caso de outra erupção. Várias erupções vulcânicas ocorreram na Colômbia após o desastre, e os sistemas de alerta mostraram eficiência na prevenção de outras tragédias.
http://www.seuhistory.com/hoje-na-historia.html ACESSO EM 13|11|2012.
adrenaline.uol.com.br ACESSO EM 13|11|2012.
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